Atualização do estatuto da Associação Brasileira dos Criadores do Mangalarga Marchador é aprovada por unanimidade
Durante Assembleia Geral Extraordinária, realizada na tarde desta terça-feira (02/04), no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte, foram aprovadas, por unanimidade, as alterações do Estatuto da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM).
Para cumprimento do estatuto, a primeira chamada foi realizada às 15h. Já às 16h, o presidente do Conselho Deliberativo Superior, Carlos Augusto Motta, iniciou a assembleia em segunda chamada, acompanhado de Wendel de Brito Lemos Teixeira, profissional responsável pela elaboração da mudança estatutária.
Em sua fala, Motta enfocou que todo o associado tem direito em exercer seu bem maior, que é o “o direito de voto”. Na sequência, houve a composição da mesa. O associado Guilherme Augusto de Faria Soares presidiu a Assembleia e o criador João Bosco Moura Tonucci, foi o secretário.
Alterações no Estatuto
As alterações do Estatuto foram aprovadas por unanimidade com novas conquistas importantes para o futuro da raça, como a permissão para que a Associação se qualifique como Organização Social perante o Estado de Minas Gerais.
Outro ponto colocado em votação e aprovado pelos associados foi a Implementação da votação eletrônica na ABCCMM. Com ela, será possível um maior engajamento dos associados, uma vez que a eleição dos dirigentes e de outras questões importantes para a raça poderão acontecer de forma on-line, o que é fundamental, tendo em vista a capilaridade da associação nos estados brasileiros.
Ainda durante a assembleia, foi aprovada a inclusão da antidopagem no Estatuto da entidade. Assim, será possível dar celeridade aos julgamentos e proporcionar uma correção técnica do atual procedimento. A nova proposta prevê ainda a criação de três comissões: a Comissão de Estudo, a Comissão de Controle e a Comissão de Recursos.
Nessa vertente, também será proibida a participação de associados da ABCCMM, diretores, conselheiros ou parentes de até 3º grau na Comissão de Controle de Dopagem. Em caso de doping confirmado, o animal será suspenso preventivamente e perderá prêmios e pontuações. Se a decisão for revertida, o animal recupera o título sem afetar a classificação dos demais.
Durante a assembleia, a presidente da ABCCMM, Cristiana Gutierrez, agradeceu o empenho dos associados presentes, bem como o corpo técnico, conselheiros e colaboradores que contribuíram para a elaboração das novas diretrizes e orientações que passarão a ser seguidas por meio do Estatuto da entidade. Segundo ela, hoje a raça vive um momento histórico.
“Tenho certeza que essa mudança, além de estar à altura da grandeza da ABCCMM, certamente fará parte do crescimento da nossa entidade, pois permite processos mais céleres, além de potencializar muito a representatividade da ABCCMM perante poderes públicos e particulares.”, comemora.
A associação
Fundada em 16 de julho de 1949, a ABCCMM está presente em todo o Brasil, por meio dos seus 56 Núcleos Regionais, e mais de 25 mil associados ativos. O plantel atual contabiliza 768.421 animais registrados.
Anualmente, são realizados em todo o Brasil mais de 350 eventos oficiais da raça, entre Copas de Marcha, Exposições e Provas Esportivas. Segundo os dados preliminares do Estudo do Complexo do Agronegócio do Cavalo, conduzido pelo professor Roberto Arruda da ESALQ/USP, que ainda está em andamento, a movimentação financeira anual da Equideocultura brasileira gira em torno de R$ 38 bilhões. Desse total, 31% se refere exclusivamente ao Mangalarga Marchador, cerca de 11,7 bilhões.