Ciente da importância da vaquejada como instrumento de inclusão social, como atividade socioeconômica e cultural que movimenta a economia do país em cerca de R$ 164 milhões e emprega algo em torno de 1.430 pessoas, sobretudo, na região Nordeste, a ABCCMM manifesta aqui seu apoio a Associação Brasileira do Quarto de Milha (ABQM), que tem se mobilizado juntamente com outras entidades contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de proibir a vaquejada no Brasil, sob o argumento dos ministros do STF de trata-se uma prática cruel para os animais.
Os números acima fazem parte do “Resumo dos valores estimados no Estudo do Complexo do Agronegócio Cavalo no Brasil” publicado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) e são relevantes na economia brasileira, sobretudo, na região do país onde a prática da vaquejada é atividade corriqueira de esporte e lazer.
A questão de maus-tratos aos animais já vem sendo encarada pelas diversas associações de criadores, não só de cavalos, já há algum tempo, inclusive na ABCCMM, que tem se empenhado em preservar a integridade física e a qualidade de vida dos animais nas mais diversas formas possíveis, seja em cursos, distribuição de publicações alusivas ao assunto ou mesmo no uso do doping e na proibição de chicotes nas exposições.
O tema também tem sido encarado com seriedade nas vaquejadas que, apesar dos mais de 100 anos de tradição, mudou consideravelmente a forma de enxergar os animais nos últimos dez anos. O bem-estar da boiada é hoje também bandeira de luta dos vaqueiros brasileiros.
No momento conjuntural em que o país se encontra, naufragado em escândalos econômicos e políticos e com boa parte da população sofrida e vivendo à mingua é um contrassenso proibições com essa, até mesmo porque muitos pais de família no Nordeste criaram com orgulho seus filhos graças a vaquejada.
A ABCCMM conclama todos os criadores e associados do Mangalarga Marchador que defendem a vaquejada como prática esportiva para a grande concentração marcada para Brasília, no dia 25 de outubro, na Esplanada dos Ministérios.