O Conselho Deliberativo Técnico, em reunião realizada, no dia 21 de março, resolveu alertar que: A raspagem das vibrissas bem como a retirada dos pelos ao redor dos olhos dos animais não são recomendáveis.
Tal conscientização é importante pois, sendo estes pelos sensoriais, além de auxiliar na orientação dos cavalos, protegem os olhos de acidentes que lesionam o globo ocular, muitas vezes causando perda da visão.
É preciso lembrar que na natureza os cavalos são presas e como tal, o instinto de fuga é o primeiro em qualquer situação, isso faz com que sejam animais que se machucam com facilidade.
Entenda o que são as Vibrissas e colabore com a campanha
O que é? Qual a função?
Com toda certeza, no momento de um contato mais próximo, você já se deparou com uns pelos “diferentes” ao redor do focinho e da boca do seu Mangalarga Marchador. Mas você sabe qual função eles exercem?
Mais sensíveis, compridos, espessos que o restante da pelagem, esses poucos fios, chamados vibrissas, são importantes instrumentos sensoriais dos equinos, popularmente eles são chamados de “bigodes”.
Saiba que a presença desses pelos faciais não acontece por acaso, eles são essenciais para que os animais consigam explorar o ambiente em que se encontram. É com o auxílio das vibrissas que o indivíduo, principalmente se estiver em baias, identifica a proximidade de objetos e superfícies, como bebedouros, comedouros, cercas, dentre outros.
Por terem os olhos situados nos lados da cabeça, a região frontal, na frente do focinho, é um ponto cego. Por isso, para reconhecer o que está próximo da boca usam as vibrissas. Nos potros em fase de amamentação, por exemplo, elas auxiliam no processo de identificação das mamas maternas.
Cavalos são seres sociáveis. E no momento de interação entre eles, as vibrissas também são úteis. Através delas um cavalo consegue perceber se outro está receptível à aproximação ou não e quais serão suas possíveis reações.
O hábito de depilar os pelos faciais longos (ao redor da boca e dos olhos) tem finalidade puramente estética, mas pode interferir negativamente no bem-estar, segurança e saúde dos equinos. Em consequência disso, há algum tempo, a Federação Equestre Internacional (FEI) proibiu a tosa desses pelos nos animais participantes de suas competições. A medida deve ser seguida por outras entidades do meio.
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