Damos sequência à série especial sobre alimentação equina. Abaixo, os esclarecimentos sobre o uso da silagem de milho na dieta dos cavalos.
O fornecimento da silagem de milho não é indicado como volumoso para fazer parte da dieta dos equinos, pois por ser um alimento com grande teor de umidade pode fermentar com facilidade depois que o silo é aberto. Quando o alimento ensilado entra em contato com o oxigênio pode ocorrer o desenvolvimento de microrganismos aeróbios patogênicos predispondo ao desenvolvimento de bactérias e/ou fungos que produzem toxinas levando a abortos e/ou encefalites.
Mesmo quando bem produzida a silagem de milho não é indicada como alimento volumoso para os equinos pois, nessa espécie, diferente do que ocorre com os bovinos, o local de aproveitamento dos grãos (rico em amido) é o intestino delgado, enquanto que o alimento fibroso é aproveitado pela microbiota intestinal que se encontra no intestino grosso ou no final de seu aparelho digestivo. Como a silagem de milho é feita com o pé inteiro (grãos + alimento fibroso), seu fornecimento aos equinos faz com que uma grande proporção de grãos atinja o intestino grosso, já que o alimento fibroso acelera o peristaltismo.
Com a chegada dessa grande quantidade de grãos de milho ao intestino grosso, pode ocorrer fermentação excessiva nessa porção do aparelho digestivo, com alteração do pH e consequente modificação da composição da flora microbiana, levando ao desenvolvimento de bactérias que produzem toxinas, predispondo a ocorrência dos distúrbios metabólicos (cólicas, laminite, diarreias).
No próximo post, as dicas da professora, Adalgiza Carneiro Resende, para as escolha correta da gramínea que alimentará o seu Marchador. Fique de olho!!!