Palestra Nutrigemônica e Programação Fetal

Durante apresentação se falou da interação entre genes/dieta/ saúde/performance animal e sobre o desafio da indústria de se colocar cada vez mais energia nas rações, sobretudo, para equinos.

  • YAGO ROCHA
  • 20/07/2017
  • 11h17

Realizada hoje, 20 de julho, no auditório do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), a palestra Nutrigemônica e Programação Fetal apresentada pelo zootecnista e gerente de Produtos do Grupo Guabi, Sigismundo Fassbender de Rezende Júnior. Ele abriu o evento falando um pouco da história da alimentação dos animais e mostrando artigos impressos datados de 1859, quando já havia esse tipo de preocupação.

Em seguida, apresentou as fases da nutrição animal que incluem fisiologia/bioquímica, quantificação de nutrientes, desempenho, qualidade do produto, ambiente e expressão gênica. Só então definiu o termo Nutrigemônica que, segundo ele, é o estudo dos componentes bioativos do alimento na expressão dos genes e consequentemente nas funções bioquímicas e fisiológicas do animal.

Comentou sobre a parceria que a Guabi tem hoje com a Alltech, que, de acordo com Júnior, é a única empresa que estuda e aplica a nutrogenia nos alimentos.

Em se tratando da programação fetal afirmou que muitos criadores gastam cifras altas para produzir embriões e os implantam em receptoras, que nem sempre estão em condições nutricionais adequadas para gestação. Informou que se não houver cuidado nesse sentido com a receptora e, se passados 2/3 da gestação sem que se preocupe com isso, não será possível ter o imprinting (marca) normal do pai e da mãe no produto que for nascer.

Resumiu o tema da palestra, genômica nutricional, como a ciência que examina a interação genes/dieta/saúde/performance animal. Abordou a importância do Ômega 3, um tipo de gordura poli-insaturada muito benéfica ao organismo e que age na prevenção de infarto do miocárdio. São compostos principalmente por ácido docosahexaenóico – DHA e ácido eicosapentaenóico – EPA encontrados em peixes de água profunda e importantes em diversas etapas da vida, inclusive, na gestacional.

Aprofundou no DHA comentando que ele não só traz melhoras na fase reprodutiva, como no desenvolvimento do potro, no estímulo de resposta imunológica e na melhora do desempenho atlético. Destacou também que este ácido atua nos processos inflamatórios.

Júnior disse que o grande desafio atual das indústrias de alimentação animal é colocar mais energia na ração. Não perdeu a oportunidade de apresentar uma linha de produtos da Guabi, dentre eles, a ração Equiturbo, com Ômega 3-DHA, produto, segundo ele, com altíssimos níveis de energia. Citou ainda a Guabitech Beet, rica em polpa de beterraba. E foi incisivo: “Hoje 80% da tropa que ganha na Nacional do Mangalarga Marchador estão comendo a ração com polpa de beterraba”. Outro produto citado foi a Equitage Fibra, ração, segundo ele, balanceada com feno de alfafa.

O palestrante encerrou sua participação apresentando a missão da empresa a qual trabalha. A palestra foi interativa e os presentes puderam esclarecer dúvidas ao longo das explanações.