Palestra sobre Gastrite em Equinos Atletas atrai veterinários

Estresse elevado, administração excessiva de medicamentos, confinamento e trocas constantes de alimentação estão relacionados ao problema que pode ser tratado com o medicamento Omeprazol específico para equinos

  • YAGO ROCHA
  • 21/07/2017
  • 16h03

Bastante interativa a palestra Gastrite em Equinos Atletas. Como Evitar? ministrada pela médica-veterinária Karoline Rodrigues. O evento aconteceu hoje, 21 de julho, no auditório da ABCCMM e teve boa participação de interessados, a maior parte veterinários.

Ela abriu o encontro falando da alta incidência de úlceras gástricas em equinos destinados ao esporte, tanto aqueles de alta intensidade, como para exposição e provas de marcha. “Estes animais estão submetidos constantemente a um estresse elevado e a administração de medicamentos em excesso e trocas constantes de alimentação”, destacou Karoline. Ela afirmou que é alta a incidência de gastrite nesses animais e explicou as particularidades do estômago desses animais, em função desse órgão, eles mais predispostos à doença.

A palestrante abordou o aparecimento das úlceras relacionando-as ao manejo nutricional inadequado, ao consumo excessivo de ração, e disse que para prevenir e tratá-las deve haver um manejo equilibrado no consumo de volumoso e rações, tanto em qualidade como em quantidade. Ela falou da importância de minimizar ao máximo os fatores de estresse e de se ficar cada vez mais atento ao bem-estar animal.

Dentre as opções de tratamento da gastrite com medicamentos, ela citou a utilização do Omeprazol para equinos. O ponto que mais gerou interesse na palestra foi quando ela mostrou como funciona a molécula de Omeprazol, porque, segundo Karoline, ela tem que ser absorvida no intestino e não no estômago e que nem todo Omeprazol disponível no mercado é igual. “Ele tem que ser formulado para cavalo, para ele ter a proteção contra o ácido gástrico e passar intacto pelo estômago para chegar no intestino”, reiterou.

Comentou ainda que os animais que são mantidos por muito tempo estabulados também estão predispostos à doença, sobretudo, também pelo estresse. Sobre os animais que ficam muito tempo confinados ressaltou que eles nunca devem ser deixados em jejum, porque passam a apresentar secreção de ácido no estômago. Daí a importância de sempre ter feno ou alguma dieta verde para ele se alimentar. Para finalizar, informou que o ideal é conciliar os horários na baia e no piquete.