Tomou posse em janeiro deste ano, a primeira Diretoria da ABCCMM eleita após a reforma estatutária aprovada no final de 2020.
No período foi empossado também o Conselho Deliberativo Superior que, como o próprio nome indica, é um dos órgãos deliberativos da entidade. Composto por membros eleitos (quadriênio 2022/2025) e membros natos (ex-presidentes e ex-vice-presidentes que participaram da primeira reunião ordinária em 18/01/22), é presidido atualmente pelo criador Carlos Augusto Amorim da Motta, titular do Haras Caam, localizado no município de Rancho Queimado, Santa Catarina.
Confiante na missão a ele depositada, Guto Motta, como é conhecido na raça, conta em entrevista concedida ao departamento de Comunicação da ABCCMM, a sua perspectiva de trabalho para os próximos anos.
Quem é o presidente do conselho Deliberativo Superior da ABCCMM?
Meu nome é Carlos Motta, sou Advogado, formado pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), sou especialista em Mediação e Arbitragem, Direito Contratual e planejamento Societário. Sou empreendedor e fundador do Grupo Motta & Etchepare, composto pelas empresas Motta & Etchepare Advogados, Mecob, Mecredi e Dalneem Brasil.
Sou o titular do Haras do Caam, onde desenvolvo profissionalmente a criação de cavalos há três décadas e atuo na entrega de conteúdos digitais para empreendedores e criadores, visando auxiliar nesta incrível tarefa de criar cavalos. E agora, em 2022, sinto-me honrado pelo convite para assumir a função de Presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador na gestão da minha amiga Cristiana Gutierrez.
Quando começou a criar Mangalarga Marchador?
O Haras do Caam começou em 1990 por meio de meu pai Murillo Motta (in memorian). Começamos como a maioria dos criadores, primeiramente encantados pela beleza do Mangalarga Marchador e sua qualidade para o uso em cavalgadas. Logo percebemos que, se investíssemos em pessoas e na profissionalização dessa paixão, teríamos um retorno mais perene e seria possível construir um verdadeiro negócio. Hoje o Haras do Caam é uma marca forte e um negócio estruturado, com equipe profissional, métricas para análise de resultados, gestão voltada para o sucesso e projetos de médio e longo prazo. Profissionalizamos nossa paixão para que ela dure mais.
Em relação ao Conselho Superior da ABCCMM, na sua avaliação, qual o grande marco do Novo Estatuto?
Com certeza é a proximidade do Conselho junto a Diretoria Executiva. A partir do Novo Estatuto, o Conselho Superior recebe um protagonismo na aprovação ou veto do Orçamento da nossa Instituição, bem como a aprovação de metas e despesas extraordinárias apresentadas pela Diretoria Executiva. Isso significa um maior controle financeiro e maior segurança e transparência para nossos associados.
Como presidente, quais são as suas perspectivas de trabalho? Quais os principais desafios?
No meu ponto de vista, nosso trabalho é servir. Estamos ali para somar junto a Diretoria Executiva na condução da raça para esse novo momento que vivemos pós-pandemia. A ABCCMM pode performar ainda mais em prol dos nossos associados e tem como grande desafio organizar o retorno da Exposição Nacional. Além disso, temos as questões éticas – que é uma grande bandeira da atual gestão – onde nossa missão é vigiar para que se cumpra o estatuto. Além disto, é meu dever como Presidente do Conselho, manter pautas relevantes para nossos associados investindo tempo e atenção em projetos e ações que gerem retorno real para o dia a dia dos criadores.
Quais pontos na nova redação do Estatuto você julga mais importantes para a atuação do Conselho Superior?
Com certeza absoluta as alterações do artigo 38 do Novo Estatuto, os quais conferem poder de vigília ao Conselho Superior na condução da ABCCMM, dando-lhe poderes de aprovações e vetos em face de algumas matérias da Diretoria Executiva.
Como você avalia a primeira reunião, ocorrida em janeiro? O que conseguiu sentir para os próximos encontros?
Fiquei muito feliz com a participação maciça dos conselheiros na primeira reunião, principalmente dos presidentes e ex-vice-presidentes que também integram nosso quadro. Outro grande ponto da primeira reunião foi a aprovação dos nomes integrantes do Conselho Deliberativo Técnico (CDT), indicados pela Diretoria Executiva e aprovados pelo Conselho Superior.
Que características você destaca do grupo de Conselheiros?
A experiência, a vida dedicada em prol da raça e a vontade de trabalhar pelos mais de 21 mil associados da entidade.
Quando será a próxima reunião, vocês já trabalham em alguma pauta?
Nossa próxima reunião Ordinária será em abril de 2022, muito provavelmente para o debate do orçamento. Porém, pretendemos ter uma pauta extraordinária prévia no mês de março para assuntos de interesse do Conselho Superior e sua condução.
Para finalizar, como você imagina a raça Mangalarga Marchador ao final do trabalho?
Ainda mais profissional, maior, mais forte e mais consolidada na equinocultura. Imagino que estaremos mais desenvolvidos em termos de negócio empresarial, compliance e boas práticas, bem como reorganizando e investindo em novos nichos de mercado para ampliar o uso e reconhecimento do cavalo Mangalarga Marchador.